O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), apontou a retomada da trajetória de crescimento em fevereiro, com alta de 12,9 pontos, registrando 49,1 pontos no total. O índice apresenta resultado positivo após dois meses de queda (novembro e dezembro), e estabilidade no mês janeiro. O indicador geral permanece na zona de Otimismo Moderado.
Os setores da Agropecuária, Serviços e Comércio voltaram a ter movimentos ascendentes nos respectivos indicadores. A Agropecuária marcou 48,6 pontos, variação de 83,3 pontos em relação ao mês anterior. No que diz respeito ao setor de Serviços e Comércio, houve alta de 31,8 pontos, registrando 122,7 pontos. Os indicadores desses dois últimos setores encontram-se na zona de Otimismo Moderado. Dos setores econômicos, apenas a Indústria apresentou redução no mês de fevereiro (-51,5 pontos), continuando assim na zona de Pessimismo Moderado, com -117,4 pontos. A pesquisa aponta apreensão em relação ao crédito, situação financeira das empresas e abertura de novas unidades industriais.
Os representantes da Agropecuária também têm demonstrado incertezas nas expectativas, uma vez que o indicador setorial oscilou nos últimos meses entre o Otimismo Moderado e Pessimismo Moderado. Já os empresários de Serviços e Comércio apontam, nesta pesquisa, otimismo em relação ao crescimento nas vendas, abertura de novas unidades, câmbio favorável e maiores exportações.
Desempenho e variáveis – O questionário da Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano divide-se em duas partes: a primeira é referente às variáveis econômicas (PIB, câmbio, inflação e juros) e a segunda, ao desempenho das empresas (vendas, crédito, situação financeira, emprego, capacidade produtiva, abertura de unidades). No mês de fevereiro, as variáveis de desempenho das empresas continuam apresentando resultados melhores que as variáveis econômicas, exceto para a Indústria. No geral, as variáveis econômicas registraram – 42,1 pontos, enquanto as de desempenho das empresas foram de 94,7 pontos. Verificando as variáveis econômicas, todos os setores estão situados na zona de Pessimismo Moderado. Em relação às variáveis de desempenho das empresas, os setores da Agropecuária e Serviços e Comércio continuam na zona de Otimismo Moderado, no entanto a Indústria segue na zona de Pessimismo Moderado.
Observando as expectativas de Inflação para os próximos 12 meses, 8% dos entrevistados apontam que os preços estarão plenamente estáveis, 24% esperam que os preços tendam para estabilidade e 68% acreditam que os preços se afastarão da estabilidade. No que diz respeito aos Juros para os próximos 12 meses, 4% creem em uma redução entre 2 e 4 pontos percentuais, 72% têm como expectativa que haja uma variação entre -2 e 2 pontos percentuais e 24% indicam um aumento entre 2 e 4 pontos percentuais.
No que concerne à expectativa do PIB Nacional para os próximos 12 meses, 12,5% dos entrevistados apontam que o país irá crescer entre 3% e 4,9%, 66,7% apostam no crescimento entre 1% e 2,9%, 12,5% dos respondentes acreditam numa redução do produto interno em mais de um ponto percentual e 8,3% confiam numa redução maior que 1,0%. Já em relação ao PIB Estadual para os próximos 12 meses, 12 % dos entrevistados acreditam na possibilidade de crescimento acima de 5%, 20% indicam que haverá crescimento entre 3% e 4,9%, 52% afirmam o produto crescerá entre 1% e 2,9% e 16% esperam uma variação entre -1% e 0,9%.
Analisando as expectativas das Vendas para os próximos 12 meses, 40% apontam aumentos razoáveis, 48 % acham que não haverá alteração e 12% indicam redução razoável. Quanto ao Crédito para os próximos 12 meses, 8,3% esperam que o crédito esteja muito atrativo, 33,3 % atrativo, 54,2% pouco atrativo e 4,2% não atrativo. No que diz respeito ao Câmbio para os próximos 12 meses, 37,5% dos entrevistados acreditam que estará favorável, 45,8% são indiferentes e 16,7% apontam que estará desfavorável. Em relação à expectativa para a utilização da Capacidade produtiva para os próximos 12 meses, 29,2% dos respondentes acham que estará pouco maior, 50% permanecerá a mesma, 16,7% pouco menor e 4,2% afirmam que estará consideravelmente menor.
Quanto a situação financeira das empresas para os próximos 12 meses, os resultados indicam que 4,4% dos entrevistados acreditam que estará consideravelmente melhor, 17,4% pouco melhor, 52,2% a mesma, 21,7% pouco pior e 4,4% consideravelmente pior. No caso do Emprego para os próximos 12 meses, 4,0 % dos representantes patronais esperam contratar muitos trabalhadores, 20,0% apontam para um saldo de contratação positivo, 56,0% devem manter a quantidade atual e 20,0% afirmam que as empresas do setor irão mais demitir do que contratar trabalhadores. Ao que diz respeito às Exportações para os próximos 12 meses, 5,6% dos empresários abalizam aumento substancial, 11,1% simples aumento, 66,7% apostam na estabilidade e 16,6% na diminuição. Para Abertura de unidades nos próximos 12 meses, 20,0% dos respondentes contam com abertura de algumas unidades, 64,0% apontam que não haverá alteração entre abertura e fechamento, 12,0% acreditam que o saldo será de fechamento de algumas unidades e 4% creem no fechamento de muitas unidades.
No que diz respeito às Variáveis econômicas, o resultado geral da pesquisa demonstra expectativas de Otimismo Moderado para o PIB estadual e de Pessimismo Moderado para as demais: Inflação, Juros e PIB Nacional. Em relação às Variáveis de desempenho há Pessimismo Moderado para todas as variáveis: Vendas, Crédito, Câmbio, Capacidade produtiva, Situação financeira, Emprego, Exportação e Abertura de unidades.
As menores expectativas para as variáveis de desempenho das empresas são do setor da Indústria; Pessimismo Moderado para Vendas, Câmbio, Capacidade produtiva, Situação financeira, Emprego, Exportação e Abertura de unidades; cenário de Pessimismo para o Crédito.
Fonte: SEI